Desde o século passado, com o advento da psicanálise, o homem vem tentendo se aprimorar na arte de ter que ser feliz. Há, desde então, o "dever" de ser feliz. O sofrimento passou a ser considerado uma doença, e não mais a ser visto como natural do homem.
Nos primórdios da vida humana, antes dos gregos darem ao homem uma consciência ética e moral, este era mais instinto. Tinha um lado humano menos elaborado, mais animalesco, tinha que lutar contra as forças externas da natureza para sobreviver. Era a violência do homem contra a natureza e este canalizava nesta direção sua energia e seus sentimentos. Seu sofrimento era brutalizado na vida diária visando um bem maior, o da sobrevivência. Tudo se resumia em matar ou morrer. Agora o drama é conviver pacificamente com sua humanidade, num todo maior onde tem que ter compaixão, delicadeza e ética respirando felicidade.
Foi uma mudança brutal. O instinto e a humanidade e com ela o sofrimento, continuam a direcionar a vida humana.
O homem humanizado sente-se responsável pelo seu sofrer. Assim, ele quer deter o mal e desenvolver o bem.
O "livre arbítrio" faz com que ele sinta que o sofrimento na Terra tenha sempre um cunho de escolha pessoal.
segunda-feira, 15 de março de 2010
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Será que felicidade existe mesmo ou é invenção da humanidade para esquecer do seu sofrimento?
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