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sexta-feira, 19 de março de 2010

Rotina II

Muitas pessoas comentaram o texto anterior sobre a rotina. Foram vários ângulos, diversos pontos de vista.
A maioria desejava sair da rotina. Isto porque, sair da rotina significava romper com a mesmice, se desvincular da repetição. Na maior parte das opiniões ela desgasta relações, prejudica a vida.
Considerando, entretanto, que a total falta de rotina constitue numa completa ausência de ação e que a rotina é uma ação, como se poderia "quebrar" uma rotina que não existe. (Pois, este, é o desejo da maioria das pessoas, "quebrar" a rotina.)
Consideremos, então, tres tipos de rotina: a social, a de sustentação e a sustentável.
A rotina social compreenderia os cuidados com a saúde e a beleza (aulas de ginástica, cabeleireiro, idas a restaurantes, shoppings, médicos, aulas interessantes, etc...)
Na rotina de sustentação podemos considerar as atividades remuneradas, necessárias ao sustento ou também as exercidas no lar como: cuidar da casa, dos filhos, etc...
A rotina sustentável seria exercida por quem faz algum trabalho voluntário que venha resultar no bem estar ou "crescimento" de pessoas necessitadas (estas não são remuneradas mas agregam valor àqueles que, de algum modo não são atendidos por quem de direito deveria fazê-lo: o Estado).
Na maior parte dos casos, no entanto, estas modalidades são misturadas, não existindo uma distinção clara entre as mesmas.
Para terminar, o ser humano para ter uma rotina "feliz", se é que isso é possível, deve passar a vida "equilibrado" num banquinho de quatro pés do qual poderíamos considerar: um pé para a família, o outro para o lazer, o próximo para o trabalho e no quarto estaria a fé.
Quando disse equilibrado, quiz dizer isso, no sentido literal da palavra. Qualquer peso maior em qualquer uma das pernas do banco pode desequilibrar a "felicidade".
O excesso de lazer pode resultar na perda do prazer e, em casos extremos, levar ao vício.
O de fé ao fanatismo religioso. No caso do trabalho, pode matar a família e uma extrema dedicação à família pode levar à perda do trabalho.

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